A luxação consiste na deslocação dos segmentos ósseos que compõem uma articulação, provocando a sua desunião, sendo normalmente acompanhado por lesões nos ligamentos e na cápsula articular.
A principal causa de luxação consiste num traumatismo violento que provoca uma insuficiência nos elementos de sustentação da articulação (ligamentos, cápsula articular, tendões e músculos) e a deslocação do osso, que deixa de estar unido à articulação. Embora este traumatismo possa incidir diretamente no osso ou na articulação, também se pode tratar de um traumatismo indireto, como acontece, por exemplo, em caso de luxação do ombro provocada por uma queda sobre um cotovelo ou uma mão.
No entanto, a luxação também pode ser originada por um movimento violento ou por uma tração súbita e intensa, o mecanismo responsável por inúmeras luxações de ombro e de cotovelo nos bebês, nomeadamente quando o bebês caminha de mão dada com um adulto e tropeça, já que é a tração do braço exercida pelo adulto para evitar a queda do bebês que provoca a luxação.
SINTOMAS
Na luxação completa, os segmentos ósseos que constituem a articulação ficam completamente desunidos, enquanto que na denominada luxação incompleta ou sub luxação, a união dos segmentos ósseos é muito reduzida. Embora, por vezes, a extremidade do osso deslocado fique no interior da cápsula articular (luxação intracapsular), existem casos em que fica no exterior da mesma (luxação extra capsular).
Em qualquer dos casos, o sintoma inicial é o aparecimento de dor, imediatamente após o acidente, que dificulta ou impede por completo qualquer tentativa de movimentar a articulação afetada. Ao fim de pouco tempo, a dor costuma diminuir de intensidade, voltando a aumentar de intensidade à medida que a inflamação da zona se desenvolve.
TRATAMENTO
O primeiro passo do tratamento consiste na redução da luxação, ou seja, na recolocação do osso deslocado na sua normal localização, o que pode ser efetuado através de uma série de manipulações, realizadas após a administração de analgésicos ou a aplicação de anestesia local. Por vezes, nomeadamente quando não se consegue a redução da luxação através de manobras manuais, pode ser necessário recorrer a uma intervenção cirúrgica sob anestesia geral.
A segunda fase consiste em manter a parte afetada imobilizada durante algumas semanas, através de uma ligadura, tala ou gesso, de modo a garantir a reparação dos tecidos moles. Depois costuma-se recomendar a prática de fisioterapia, com o objetivo de se obter a completa recuperação funcional da articulação lesionada, o que costuma levar entre dois a três meses.
As luxações acompanhadas pela destruição dos tecidos moles e as luxações recidivantes necessitam de uma intervenção cirúrgica reparadora.
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