Saiba como tratar a rouquidão
Publicado por: Tatiana Barcellos em 13/2/2013
Categoria: Fonoaudiologia
 
“Falo muito!”. “Minha profissão exige que eu use muito minha voz, Deus que me livre perde-la”. “Quando chega no final do dia estou sem voz”. “Eu canto, mas não como cantava. Perdi aqueles agudos e me sinto muito frustrada (o) e insegura (o)”. “Tenho muita alergia, pigarreio o dia todo”, “Dizem que eu já nasci chorando rouco!”, “Fumo desde minha adolescência, achava minha voz rouca e sensual, hoje, ela está muito mais rouca e já não gosto.” “Tenho uma sensação de bolo na garganta que me incomoda!”.

Esses são alguns dos relatos e queixas frequentes que podem estar relacionados ao abuso e ao mau uso da voz, assim como, fumo, pouca técnica vocal, sinusites, refluxos gastroesofágicos, alcoolismo e hipotireoidismo, e podem ter como sintoma - a rouquidão.

A rouquidão não é a própria doença, mas um sintoma. É necessário que se investigue a causa da rouquidão. Ela sempre avisa que algo não está muito bem e não deve ser negligenciada. Pode ser aguda ou crônica, ou seja, podem durar poucos dias e semanas ou pode ser persistente.

As cordas ou pregas vocais, durante a fonação, se aproximam para produzir o som através do fluxo de ar originado dos pulmões que fazem as pregas vocais se aproximarem e vibrarem. Se, por algum motivo, existir alguma irregularidade nas pregas vocais como fendas isoladas, alterações orgânicas em mucosa vibratória, como nódulos vocais ou fendas somadas às alterações de massa, gera-se, dessa forma, uma irregularidade na vibração da mucosa. O ruído que ouvimos, portanto, é a rouquidão. Vale lembrar também que a rouquidão também pode ser simulada.

Portanto, o sintoma – rouquidão - está associado à prega vocal, que está na laringe, onde não passa alimento, como pode ser observado na figura abaixo. O bolo alimentar passa pela faringe, sem ter contato com a prega vocal. Então, balas de hortelã, sprays, gengibre ou qualquer outro “remedinho caseiro” não cura a rouquidão. Muito pelo contrário! Pode-se piorar, pois geralmente esses paliativos anestesiam e instala-se um esforço. Por consequência, pode-se piorar a situação inicial. Sendo indicado somente para alívio no nível da faringe, sem a intenção de se melhorar a rouquidão ou ajudar na performance vocal, pois o efeito é inverso. Não devem ser usados como preparo para usar a voz.
Tratamento:

A conduta ideal num quadro de disfonia é o repouso vocal, muita hidratação, associados à procura do Fonoaudiólogo, que avaliará a função e a qualidade da voz e do médico Otorrinolaringologista, que avaliará se há lesão. Sendo, em muitos casos, o tratamento fonoaudiológico terapêutico fundamental para cura ou para suavização da rouquidão, dependendo do tipo da disfonia. Através de exames visuais do médico Otorrinolaringologista, da avaliação perceptivo-auditiva da voz e da análise acústica dela, o fonoaudiólogo irá traçar a conduta terapêutica necessária com exercícios específicos para cada quadro. É de extrema importância a supervisão de um fonoaudiólogo. Cada quadro exige um tipo de conduta clínica. Uma pessoa passar exercícios de tratamento para outra, como uma simples vibração de língua, por exemplo, porque sabe que pode ser bom para isso ou aquilo, é no mínimo muito perigoso. Os exercícios são específicos para cada caso visando um tipo de resultado e devem ser feitos sem esforço. Fazer exercícios sem supervisão de um fonoaudiólogo pode acarretar riscos à saúde vocal.

O desenvolvimento da conscientização e da propriocepção (percepção do corpo) do paciente são fundamentais para a evolução clínica


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