Maria Clara Pinto Gonçalves: É uma alteração da deglutição caracterizada por engasgos e que pode levar a bronco aspiração, ou seja, da saliva ou o de alimento no ato de engolir obstruindo parcial ou totalmente a via respiratória. A Disfagia não é doença e sim um sintoma, portanto devemos estar atentos e procurar orientação e/ou tratamento especializado. Sendo um sintoma pode ser decorrente: do envelhecimento das estruturas que envolvem a deglutição (lábios, língua, bochechas...), AVC (derrame), câncer de cabeça e pescoço, traumatismo craniano, doenças degenerativas (Parkinson, Alzheimer...), próteses dentárias mal adaptadas, RGE (refluxo gastro esofágico). Esta alteração pode ocorrer em qualquer fase da vida, sendo mais comum após os 50 anos acometendo cerca de 25% da população, alcançando índices de 70% a 90% dos idosos. Estudos revelam que 20% a 40% dos pacientes aos AVC apresentam Disfagia, com comprometimento de aspiração em 55% destes. A Doença de Parkinson acomete 95% dos pacientes ao longo da evolução da doença. O que fazer ao perceber o sintoma? As alterações da deglutição devem ser diagnosticadas e tratadas por equipe de profissionais da saúde e, fundamentalmente por fonoaudiólogos especializados em Disfagia. Estes são os profissionais aptos ao trabalho específico da função. Orientações básicas durante a alimentação: 1) comer sem pressa com postura ereta confortável; 2) NUNCA comer deitado; 3) Manter prótese dentária bem adaptada; 4) Optar pela alimentação mais pastosa, beber líquidos mais grossos (o engasgo com alimento líquido é o mais frequente). Uma pessoa com dificuldade de engolir que relate a sensação de algo parado na garganta, tosse e engasgos frequentes causados por alimentos ou saliva, cansaço, febre, rouquidão, restos de comida na boca após a alimentação. Você pode estar diante de um caso de Disfagia.
FONOUP É COLUNISTA CONVIADADO.
(CNPJ :05.209.829/001-12)