Marlene Ortega, diretora executiva da Universo e Qualidade e vice presidente da Business Professional Woman, diz que não estranha os resultados sobre a diferença entre o percentual de homens e mulheres em cargos de liderança e justifica: “ a mulher ainda é minoria porque entrou depois no mercado de trabalho.”
No Brasil, 76% das mulheres trabalham fora, sendo que , 36% dos cargos de liderança “Nas Melhores Empresas para se Trabalhar” já são ocupados por mulheres e esse percentual só tende a crescer porque as mulheres, além de investirem mais do que os homens em desenvolvimento intelectual, ainda, se aproveitam de suas características femininas e desempenham um estilo de liderança, onde : intuição, disciplina, perseverança, flexibilidade, compaixão, garra, determinação e sinergia são os pontos fortes .
Para Susan Rivetti, presidente da unidade de consumo Johnson& Johnson no Brasil, o sucesso está em saber combinar estilos masculinos e femininos no jeito de liderar. Mulheres devem agregar o lado objetivo, direto, certeiro e rápido do homem e manter o que é contemplativo, analítico na visão do todo e profundo da mulher.
Muitas mulheres que conquistam cargos de liderança acreditam que a participação, lealdade e felicidade de seus colaboradores é o segredo para se formar um time de sucesso.
Mas, também, existem muitas queixas sobre líderes mulheres que acabam não se tornando boas chefes para outras mulheres, o contrário do que se poderia esperar.
Ao conquistar cargos de liderança, em um mercado cada vez mais exigente, as mulheres têm que pagar um alto preço: conciliar a vida pessoal com a profissional, o que faz com que algumas dessas mulheres abram mão constituir família em prol do seu crescimento profissional. Já as mulheres que optam por formarem uma família e terem filhos, dividem-se em duplas e até triplas jornadas de trabalho. Muitas dessas mulheres sofrem e algumas até se culpam pela falta de tempo para dedicarem para elas próprias e para suas famílias.
Para o Dr. Claudio Trafla, coordenador do Programa Amil de Qualidade de Vida, a divisão das tarefas domésticas e apoio familiar já ajudariam muito a mulher que está no mercado de trabalho.
A União Européia vem recomendando como modelo de prática de RH a equiparação de direitos de homens e mulheres.
No Brasil, com a eleição da primeira presidente mulher, ficou provado que os brasileiros acreditam, respeitam e admiram a competência das mulheres em cargos de liderança.
Países como Portugal e Alemanha continuam muito preconceituosos em relação às mulheres ocuparem cargos de liderança.
Existe um grupo de mulheres, ex-executivas de sucesso, que optaram por conciliar independência financeira com mais qualidade de vida e resolveram empreender em negócios próprios.
Cada vez mais preparadas, participativas e inovadoras as mulheres estão fazendo com que, as empresas que querem reter esses talentos, se modernizem adaptando-se as diferentes necessidades existentes entre os sexos.