Prezada Leila,
Obrigada pelo comentário. Esclareço: desde 2009 os profissionais de saúde da rede oncológica dos Hospitais do SUS vêm participando do Projeto Atenção ao Vínculo e Qualificação da Comunicação em Situações Difíceis da Atenção Oncológica. Conforme mencionei no artigo, este projeto tem como objetivo acolher estes profissionais com a intenção de “cuidar de quem cuida”. Somos 15 pesquisadores, atendendo grupos com 20 profissionais de saúde de várias especialidades (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, etc.), na freqüência de um grupo semanal, durante 3 horas, num total de 14 encontros. A metodologia utilizada foi desenvolvida pelo médico sanitarista, professor da UNICAMP, Gustavo Tenório. Trata-se dos grupos Balint-Paidéia. Participam também residentes da Residência Multiprofissional do INCA, assim como da residência médica. O projeto contempla atualmente vários Hospitais da rede do SUS, não privilegiando mais apenas a rede oncológica. Costumamos dizer que trabalhamos com os afetos, os saberes e poderes inerentes à prática clínica. Se você quiser entrar em contato com mais informações, basta entrar no site do Ministério da Saúde e acessar o livro: “Comunicação de notícias difíceis: compartilhando desafios na atenção à saúde.” Este projeto encontra-se inserido no escopo da Política Nacional de Humanização do SUS.
Atenciosamente,
Aline De Leo M. Santos |
Aline, os médicos que tratam dessas crianças tem algum tipo de acompanhamento psicológico? Porque normalmente os doentes e as famílias que são os diretamente afetados tem, mas o fardo desses profissionais é muito grande. Eles passam por algum tipo de acompanhamento? Obrigada. |
Achei lindo essa busca pela saúde que habita a doença. Esse trabalho é fantástico e merece muito reconhecimento.O câncer já é uma doença muitíssimo complicada e triste para os adultos, para crianças então, nem se fala. É magnífico que haja esse tipo de trabalho, até porque os profissionais que lidam com este tipo de situação acabam se envolvendo também de alguma forma e, por isso, temos que fazer o possível para que a doença não habite sua saúde, para que eles continuem fazendo o seu trabalho. |