Eveline Duarte: Atualmente 84% dos pacientes que se submetem à cirurgia de redução do estômago, tecnicamente chamada de cirurgia bariátrica, são mulheres na maioria jovem e muitas delas em idade fértil o que pode acarretar em um maior número de gestações nessas mulheres. Principalmente por ocorrer melhora na fertilidade e na auto-estima dessa mulher.
Porém, é necessário que a mulher quando submetida à cirurgia bariátrica, tenha alguns cuidados no momento certo de pensar em engravidar. Especialistas alertam o tempo mínimo de aproximadamente 18 meses após cirurgia para que essa mulher não tenha dificuldade em adquirir peso na gravidez e conseqüentemente não venha a prejudicar a formação do bebê.
Essa espera também seria importante para que a fase de emagrecimento não seja interrompida, pois os primeiros dois anos são onde ocorre a maior perda de peso da mulher que realizou a cirurgia. Ou seja, o propósito da bariátrica poderia ficar prejudicado.
A inativação de parte do intestino na gestante bariátrica eleva o risco de deficiências nutricionais devido à perda da função absortiva de nutrientes, acarretando uma baixa concentração de vitaminas e minerais no bebê.
O monitoramento mensal por um nutricionista é indispensável para detectar possíveis deficiências nutricionais. Por isso é necessário a manutenção de uma alimentação adequada para evitar carências nutricionais e ganho de peso inapropriado.
Em determinados casos, conforme orientação, o uso de suplementos principalmente de ferro, cálcio, vitamina B12 e ácido fólico serão necessários para uma gestação mais tranqüila.
Os riscos nutricionais da gestante que realizou a cirurgia de redução do estômago não superam os riscos das mulheres que engravidam com obesidade. Gestantes obesas podem adquirir diabetes gestacional e hipertensão arterial podendo acarretar sérios riscos para ela e para o bebê. Por isso, um acompanhamento nutricional é fundamental para uma mudança dos hábitos alimentares e do estilo de vida de qualquer mulher que deseja ser mãe.